quinta-feira, 2 de setembro de 2010

mae em tempo integral

Quem nunca teve um pensamento medíocre na vida, que atire a primeira pedra!!!

Pois bem, assim eu errei ao pensar que uma mulher só podia ser valorizada se dedicasse sua vida a uma profissão, filhos e marido deveriam se encaixar numa rotina onde a mulher deixa o lar às 6 hs e só retorna às 18 hs, essa sim tinha experiência de vida e qualidades invejáveis.



O que poderia saber da vida uma mulher que fica entre quatro paredes cuidando de um bebê chorão??? Essa vida eu nunca quis para mim...

Pensamento de uma jovem imatura ou imposição de uma sociedade que esqueceu antigos valores???



Não tenho as respostas, mas o que sei, é que mais uma vez a vida e o destino me pregam peças, me ensinam e me mostram diferentes caminhos a serem percorridos e acabaram me transformando em uma "MÃE EM TEMPO INTEGRAL".



Faço sim parte desse "time" de mulheres batalhadoras com muito orgulho agora, pois o que tenho aprendido nesses poucos meses superam o aprendizado de 10 anos trabalhando fora.

A vida não é fácil para uma "Mãe em tempo integral", ao contrário do que a maioria pensa de nós, nossos dias não são iguais e todos os dias enfrentamos desafios, talvez não de uma nova venda, de um novo orçamento ou de uma reunião com o diretor, mas sim desafios da alma.

Sabem o que é isso???



Agora eu sei!!! Quando me tornei mãe me transformei automaticamente em uma pessoa melhor e agora vivenciando esse papel de mãe em tempo integral senti minhas qualidades sendo "lapidadas", como um diamante bruto, que pela falta de tempo para provar das coisas simples da vida tinha perdido seu brilho.



Se você enxergar "ALÉM" das coisas, verá que ser mãe assim, por 24 horas não se limita a trocar fraldas de côco e xixi, preparar mamadeiras e acalmar um bebê chorão, mas sim de fazer exercícios de paciência, de superação física e mental, de positivismo e o melhor de tudo, colocar os "óculos da vida" para ver graça em um pingo de chuva, ter criatividade suficiente para transformar garrafas em tambores e colheres em baquetas, observar as cores das flores que você já passou inúmeras vezes e não se recorda nem ao menos que elas existiam e além de tudo conseguir rir dos seus erros e encher os olhos de lágrimas com um sorriso banguela.



Trabalhar fora por necessidade sim!!! Afinal algumas mulheres precisam buscar dinheiro para o alimento sagrado do seu filhinho, mas o que me intriga é que muitas mulheres trabalham fora para encontrar um refúgio dessa vida tão intensa e simplismente fogem dos filhos, afinal seu orçamento no final do mês não supera os gastos com a terceiração da educação e cuidados do seu filho.

Porque??? Porque ter medo de uma vida tão intensa??? Será que alguém pode me responder???



Enfim, se eu vou trabalhar fora um dia??? Claro que sim, mas só quando minha filha puder se comunicar e se locomover sozinha, até lá...serei sua voz e suas pernas vivendo assim a minha vida como "MÃE EM TEMPO INTEGRAL".



"Se a felicidade depende de um período, esse período é o primeiro ano de vida. Se depende de uma pessoa, essa pessoa é a mãe."

Frase do psicanalista Donald Winnicott (1896-1971).



Reflitam!



Beijos e ótimo fim de semana,

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