domingo, 28 de novembro de 2010

Receita: Ganache

Receita: Ganache

Ganache é uma cobertura super fácil de ser feita e uma delícia. Como falamos no post de princípios básicos sobre coberturas, o ganache leva chocolate amargo, creme de leite, açúcar de confeiteiro e sal, mas os dois últimos ingredientes em algumas receitas são usados como opcionais, acaba dependendo de quanto amargo é o chocolate e do gosto pessoal. Sempre que for colocar o açúcar coloque o sal, pois ele irá ressaltar o gosto do chocolate com o açúcar.

ganachebowl

Para fazer o ganache, você irá precisa de:
- 1 xícara de chocolate amargo bem picado
- 1 xícara de creme de leite
- 4 colheres de chá de açúcar de confeiteiro (opcional)
- 1 pitada de sal (opcional)

Primeiro, pique o chocolate amargo bem pequeno, para que ele derreta mais facilmente.

choppedchocolate

Esquente o creme de leite em fogo médio até que comece a ferver. Assim que começar a ferver, desligue e coloque o chocolate picado, mexendo para o chocolate derreta completamente.

boiledcream

pouredcream

ganachestir

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Quando o chocolate tiver derretido por completo, se quiser, misture o açúcar e o sal. Também é opcional colocar umas 2 a 3 colheres de sopa de licor.

Com o ganache é possível trabalhar de 3 formas.

O tipo glacê você pode cobrir bolos e cupcakes com uma colher, assim que estiver de pronto, e o resultado será uma camada lisa e brilhante. Caso coloque o açúcar na receita ele vai endurecer depois, formando uma casquinha.

glazedchocolate

Para os outros dois jeitos de usar, o ideal é levar o ganache a geladeira para ele esfriar e endurecer, ficando com uma consistência durinha como a da trufa. Tire da geladeira e cubra o bolo com a ajuda de uma espátula ou com um bico de confeiteiro.

pipedchocolate

O segundo jeito de trabalhar com o ganache frio é bater na batedeira, ele obterá um tom mais claro e ficará bem fofo, podendo ser trabalhado com bico de confeiteiro ou com a ajuda de uma espátula.

whippedchocolate

Não coloque no freezer com a esperança de endurecer mais rápido, pois a temperatura muito mais baixa vai deixar a cobertura toda embolotada.

Atenção a lista de compras:
- chocolate amargo (disponível na nossa loja física)
- creme de leite (disponível na nossa loja física)
- açúcar de confeiteiro (disponível na nossa loja física

Princípios Básicos para Fazer Cupcakes: Coberturas

Princípios Básicos para Fazer Cupcakes: Coberturas

O toque final nos cupcakes é a cobertura e a sua decoração. Apesar de serem usadas normalmente as coberturas mais tradicionais, o uso de bico de confeiteiro, corantes e confeitos transformam os cupcakes em obras de arte.

Vamos falar das coberturas mais usadas:

Glacê: é feito basicamente de claras de ovos, açúcar de confeiteiro e suco de limão. Há variações de receitas que falam para usar ao invés de claras o uso de claras pasteurizadas ou clara em pó, ao invés de açúcar de confeiteiro o uso do açúcar impalpável, que pode ser feito em casa misturando amido de milho (maizena) com açúcar de confeiteiro, e complementando o suco de limão por ácido cítrico ou substituindo.

lemon_rose_cupcakes_pic3 Buttercream: tem como ingrediente principal a manteiga, como o próprio nome já diz, que batida com açúcar de confeiteiro e essência, geralmente de baunilha, formam uma cobertura bem cremosa. Veja a receita básica de buttercream.

Sugar Free Buttercream

Ganache: geralmente feito com chocolate meio-amargo, creme de leite, açúcar de confeiteiro e uma pitada de sal, a cobertura tem uma aparência brilhante e ela é fácil de usar por ter uma consistência mais líquida que endurece após trabalhada.


Pasta Americana: assim como em bolos é usada para decorar cupcakes. Os ingredientes básicos são a gelatina, açúcar impalpável (ou a mistura de açúcar de confeiteiro e amido de milho), água, glucose de milho e gordura hidrogenada (ou manteiga). Ela também é encontrada pronta para uso.


Fondant: essa cobertura é líquida e se assemelha ao glacê pela consistência e opacidade. É feita de açúcar de confeiteiro, leite (ou uma mistura de água e glucose de milho) e manteiga.


Creem Cheese: Inusitado, mas muito gostoso. Batido com açúcar de confeiteiro, o cream cheese fica uma cobertura bem cremosa.

Cream cheese frosting

Brigadeiro: a nossa tradicional receita de leite condensado com chocolate é excelente também para cobertura de cupcakes.


Merengue ou suspiro: as claras batidas em neve com o açúcar fazem uma massa leve e delicada, que pode ser levada ao forno para dourar levemente. Este efeito é obtido também, sem precisar levar ao forno, com o uso de maçarico.

Lemon Meringue Cupcakes
Os corantes são indispensáveis para criar a infinita gama de cores que deixam os cupcakes bem coloridos e podem ser usados em absolutamente todas as coberturas. Já as essências, exceto a debaunilha, possuem um uso um pouco mais restrito para que os sabores não briguem, porém podem ser acrescentados em várias receitas de cobertura para ressaltar e/ou complementar o sabor.

Crédito das imagens: Maisie Fantaisie (Glacê), Domestifluff (Buttercream), Shylah´s Recipes(Ganache), Simply Creative Cakes (Pasta americana), Wilton (Fondant), Kates Kitchen (Cream Cheese), Ana Maria Brogui (Brigadeiro) e Martha Stewart (Merengue).

Receita: Pasta Americana

A pasta americana é uma das coberturas mais perfeitas para bolos decorados, pois por ser elástica e firme cobre o bolo, disfarçando qualquer imperfeição, além de poder criar infinitas formas e desenhos. Aqui no blog já falamos bastante de pasta americana e demos diversas dicas, e ainda vem muito mais por ai, mas uma leitora nos alertou de que ainda não tínhamos colocado nenhuma receita de pasta americana. Falha nossa, que vamos corrigir agorinha mesmo!


A receita é fácil, mas pode ser que proporcione alguma dificuldade para acertar o ponto. Veja o que você irá precisar para fazer a pasta americana em casa:

- 2 colheres de sopa de gelatina incolor e sem sabor
- 3 colheres de sopa de água, em temperatura ambiente
- 1 colher de sopa de glucose
- 1 colher de sopa de gordura vegetal hidrogenada
- 500g de açúcar impalpável*

Em um refratário, coloque a gelatina e a água, deixando a gelatina hidratar por alguns minutos. Depois adicione a glucose e a gordura na gelatina hidratada e aqueça tudo em banho-maria, sem que ferva, mexendo sempre para que todos os ingredientes se dissolvam. Retire o refratário do banho-maria e deixe esfriar por 5 minutos. Acrescente então o açúcar impalpável e misture bem na própria tigela, mas assim que já tiver formado uma massa, transfira-a para a sua área de trabalho limpa e sove bem para que ela ganhe a elasticidade. Caso ache que a pasta ficou mole demais, acrescente ,de pouquinho em pouquinho, mais açúcar impalpável. Assim que a pasta já estiver pronta, é só abrir, cortar e decorar.

* O açúcar impalpável é encontrado para vender na nossa loja física, mas é possível fazer em casa também:
Para os 500g de açúcar impalpável da receita, use 500g de açúcar de confeiteiro e 3 colheres de sopa de amigo de milho, batendo tudo no liquidificador para que fino e pronto.

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Deixar o bebe chorando

Deixar o bebê chorando x desenvolvimento cerebral

Deixar o bebê chorando pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro, dizem especialistas Neurobiólogos dizem que altos níveis de cortisol, hormônio do stress, são nocivos para o desenvolvimento cerebral, de acordo com Penelope Leach.

Deixar um bebê aflito chorando regularmente pode ser prejudicial ao cérebro em desenvolvimento, de acordo com a especialista em educação infantil Penelope Leach, cujo novo livro será visto como uma confronto direto às teorias de condicionamento de bebês, tais como Gina Ford , que dizem que os pais devem "treinar" os seus filhos, permitindo-lhes chorar sozinhos para dormir.

Leach traz a ciência em seu auxílio, que ela diz ter progredido consideravelmente nos últimos anos. Usando testes de saliva, os cientistas foram capazes de medir os níveis elevados do hormonio de stress, o cortisol, em bebês cujos choros/gritos desesperados não obtiveram resposta da mãe, pai ou outro cuidador. Neurobiólogos dizem, segundo Leach, que os níveis de cortisol elevados são nocivos para o cérebro em desenvolvimento.

"Não é uma opinião, mas um fato que é potencialmente prejudicial deixar os bebês chorando. Agora nos sabemos disso, por que arriscar?" Leach diz em seu livro - The Essential First Year – O que os bebês precisam que os pais saibam.
Ela não esta dizendo que o choro é ruim para os bebês. "Todos os bebês choram. Alguns choram mais do que outros." Mas o choro, no primeiro ano ou mais, é a única maneira que um bebê obter uma resposta. Negar uma resposta, argumenta ela, pode ter consequencias emocionais a longo prazo.

"Estamos lidando com as expectativas de que o cérebro de um bebê está crescendo. A razão pela qual os bebês criados em regimes de rotina rigida dormem, geralmente com menos e menos choro, é porque eles desistem de obter resposta dos cuidadores mais e mais rapidamente. Seu cérebro adaptou-se a um mundo em que eles não são respondidos ", diz ela. "Esse tipo de ansiedade precocemente induzida pode estar relacionada com a tendencia à ansiedade na vida adulta."

As teorias de Ford sobre educaçao infantil tendem a ser amadas ou odiadas. Conhecida como a Rainha da Rotina, Gina Ford - uma babá treinada que não teve filhos - defende rotinas rígidas para treinar a criança em um padrao regular de alimentaçao, acordar e dormir. Ela aconselha que os pais podem deixar um bebe chorar por um tempo, se ele está limpo, alimentado e arrotou. Quando eles colocarem um bebê pra dormir à noite, eles podem retornar se ele chorar, mas sem fazer contato visual. O livro Contented Little Baby foi publicado em 1999 e continua a ser um best-seller.
Mas Leach diz que bebês choram por um motivo - seus pulmões não precisam de exercício.
Os bebês não tem capacidade de fazer chantagem em seu primeiro ano ou 1 ano e meio, embora os pais muitas vezes interpretam seus chamados dessa maneira. E deixá-los chorando para dormir é muito duro para os pais também”, diz ela.

"Se há um motivo para escrever este livro é mandar a mensagem de que todo o processo pode ser muito mais confortável para os bebês e para os pais", diz ela.
"Isto é o que eu não aprecio sobre as teorias opostas, que enfatizam sempre a facilidade dos pais. É tão difícil para todos. Nós não temos muitas pesquisas mostrando que tantas crianças de sete anos de idade estão desesperadamente mais ansiosas. Mas eu tenho visto mães realmente lutando com o sistema de deixar chorar. "

Ela diz que não conhece nenhuma pesquisa no mundo que suporte um sistema de deixar os bebês chorar. "Eu não acredito que é a ciência", diz ela.
Ela entende a atração das teorias de Ford e outros. Ser um pai no mundo moderno, onde o ritmo de vida é implacavelmente rápido, é muito difícil, diz ela. Alguns querem saber como podem fazer seu bebê encaixar-se em suas vidas, ao invés de perturbar-lhes, tão rapidamente quanto possível.

Mas, diz Leach - reconhecendo que é contraditório - "Se você realmente, realmente não quer um bebê que faça qualquer diferença, você poderia nao ter um."
Leach é uma pesquisadora senior honoraria na Clínica Tavistock e do Instituto de Estudos da Criança, Familia e Questões sociais. Ela tem co-dirigido o maior projeto de investigaçao do Reino Unido sobre diferentes formas de cuidar des criança menores de cinco anos. Seu trabalho de pesquisa, diz ela, tem mostrado que ter uma mãe, pai ou cuidador que responde ao bebê é um fator crucial no seu desenvolvimento, superando os efeitos da pobreza e da desigualdade.

"Nós descobrimos nossa própria investigação do cuidado da criança. Seguimos 1.200 pares de mães e bebês desde o nascimento até a escola estadual. Ficamos surpresos ao descobrir que as diferenças nos cuidados da criança não fazem tanta diferença quanto o esperado. O que faz a maior diferença é a capacidade de resposta do cuidador ".
Ela não está falando sobre a mãe que não pode ir para a cama por cinco minutos depois que o bebê começou a chorar e ela não està, de verdade, acusando as mães de uma geração anterior que deixaram o carrinho na parte inferior do jardim, de negligenciar seus filhos.
"Mas você pode dizer pelo som e, é claro, pelo que se observa, se um bebê tem choro intenso e de extrema angustia ", diz ela.