sábado, 4 de dezembro de 2010

parte 3 a 7

Fazer acordos- 7° e último passso

Tempo e dinheiro são as duas moedas mais valiosas da nossa época. Na dinâmica de casal, elas acionam questões emocionais. Todo relacionamento tem um livro-caixa invisível, onde ficam as perguntas: quem está devendo? Quem está dando mais ou menos para a relação?

Quando essa cotação se desequilibra, as carências - de atenção, sexo, apoio, afeto - e apelos subjetivos de toda ordem podem apresentar-se em forma de cobranças de tempo, dinheiro e prestação de serviços. Portanto, a primeira atitude é tentar descobrir o que incomoda. Onde é que vocês dois sentem-se magoados, sobrecarregados, roubados? Assim será possível fazer acordos mais justos.

O segundo ponto é ver se vocês estão numa relação complementar, do tipo: esposa organizada versus marido desligado ou vice-versa. Os dois podem se acomodar nesses papéis e se prejudicar.

O melhor antídoto contra isso é esquecer a lenda de que cada um é a "metade da laranja". Mentira. Cada um é uma pessoa inteira e precisa responsabilizar-se pelo próprio equilíbrio e fazer sua parte na dinâmica conjugal. Essa postura agiliza a administração da agenda e do orçamento doméstico.

Consultoria Tai Castilho, terapeuta de casal e diretora do Instituto de Terapia Familiar de São Paulo

Enfrentar a dor - 6ª passo p/ um casamento feliz



O sofrimento é um teste radical, e a possibilidade de saírem fortalecidos dele está condicionada ao repertório que vocês conseguiram construir. Enfrentar uma experiência de luto, uma doença, falência ou um longo período de desemprego não é fácil. Um turbilhão de emoções, como tristeza, frustração e raiva, colocará em xeque a confiança e a qualidade da relação.

Numa situação, por exemplo, em que um dos parceiros entra em depressão ou enfrenta uma derrocada financeira, a fragilidade fica escancarada e alguém pode pensar: "Não foi com essa pessoa que eu me casei". Cuidado para não estigmatizar o outro, não feri-lo com gestos ou palavras, não lhe dar instruções sobre o que fazer. Talvez ele só precise de atenção e ouvidos.

A expectativa é que, num momento difícil, um apoie o outro. A desestabilização, porém, pode inviabilizar isso, gerando mágoas e cobranças até mesmo numa situação de sofrimento mútuo, como a morte de um filho. Diante dos grandes impasses, é importante buscar ajuda terapêutica. Um casal que ultrapassa a tempestade cria uma cumplicidade rara, reafirmando a promessa de companheirismo na alegria e na tristeza.

Aprenda a brigar 5º passo p/um casamento feliz!

Estranho, não?
Mas, esse é o 5º passo...ta acabando meninas rs



A boa briga é aquela em que todas as opiniões são legitimadas. Talvez o casal não chegue a um consenso, mas é importante que as diferenças se manifestem, que ambos possam se colocar sem simular que está tudo bem quando não estiver. A briga produtiva é muito diferente de gritar e xingar, de ficar muda e emburrada ou ainda de insistir nas eternas reclamações, que só desgastam e amortecem o conflito, quando o fundamental é enfrentá-lo.

A chave é: fazer-se escutar e abrir-se para ouvir o outro. Caso contrário, o motivo da briga deixa de ser importante, e vocês disputarão a última palavra. Cuidado com as certezas absolutas, a ilusão da verdade única - o que existe são duas visões que precisam ser respeitadas. Isso abrirá espaço para futuras negociações.

Discutir só para ver quem tem razão é destrutivo e não ajuda a simbolizar o que é necessário. E, diante do confronto, vocês terão que elaborar perdas, como a imagem do casal perfeito e as idealizações a respeito do parceiro. Por mais que exista amor, o convívio mostra que o outro não é "tudo o que você sonhou", e sim uma pessoa real, que pode pensar diferent


Cultive o Erotismo - 4º Passo p/ um casamento feliz!

 Passo 4 - Cultive o erotismo! Uii (hahaha)



Nunca abandone os pequenos rituais - tomar um vinho ou um banho juntos, sair para jantar, dar uma escapada a dois. Sem esses cuidados, o risco de serem engolidos por assuntos domésticos é enorme - vocês deixam de ser amantes e tornam-se grandes "tarefeiros".

A troca afetiva empobrece e a libido não resiste porque a sexualidade não se restringe ao que acontece na cama de casal. Ela se alimenta de todas as situações em que vocês podem admirar um ao outro; se divertir juntos, trocar confidências e também acertar os ponteiros, pois mágoa acumulada esfria qualquer história.

As atividades culturais e uma roda de amigos bacanas também oxigenam a relação. É erótico ter uma vida interessante! Os casais com filhos pequenos precisam batalhar pela privacidade. Confie: uma família é mais feliz quando pai e mãe querem continuar namorando. E os casais longevos devem usufruir da intimidade conquistada.

As condições para isso: cuidar da saúde física e emocional, fugir da cilada da paixão romântica (exigir-se alta performance sempre) e não acreditar nos mitos do envelhecimento, pois a sexualidade é parte da vida e não apenas da juventude

(3) Tornarem-se amigos - 7 passos p/casamento feliz

Desculpa pela demora gatas, mas lá vai a parte 3...

 Tornarem-se amigos

Mas não muito! Esse passo exige cautela. Quem não quer ser amiga do grande amor? É ótimo viver com um bom companheiro, torcer por ele, dar e receber apoio e colo; ser solidário; rir juntos. Tudo isso é uma delícia porque sentir-se parte do mesmo time é uma das faces da paixão. Mas não vale ser amigo demais, senão acaba virando irmão.

O equilíbrio é sutil e o ajuste tem a ver com duas perguntas: até que ponto vocês sabem lidar com conflitos? E como anda a libido? Quando a amizade serve para camuflar algum problema nessas áreas, fique alerta. Uma coisa é um casal que cultiva afinidades e sabe construir uma sólida base de confiança - essas condições são essenciais para garantir a longevidade de uma relação.

Mas não há nada mais antierótico do que encarar o marido como um velho amigo que não a desafia nem provoca, não instiga mais sua curiosidade porque vocês sentem que ficaram muito parecidos. Aí, a faísca da diferença entre homem e mulher se perde.

Esse tipo de amizade morna pode até trazer um certo conforto, uma ilusão de garantia: mas não há mais risco, surpresa, tesão. O marido tem que ser um amigo que a gente ainda tem vontade de beijar na boca. 


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